As PROVAÇÕES aprimoram a nossa condição de APRENDIZES . (Antonio Luiz Macêdo).

domingo, 21 de abril de 2019

“Perdoar eu perdoo. Mas esquecer...”


E você tem toda a razão. Não é pra esquecer  mesmo. Você tem uma memória que registra tudo de bom, e tudo de ruim também. Por que esquecer? Não há como. 



O que importa é o perdão dado. Como ato deliberado e consciente da vontade, ele se constitui no fator determinante. O resto é o resto.



Porém, senão se esquece, não quer dizer que não se perdoou. O que vale é a conseqüência do perdão. Se você consegue olhar a pessoa que lhe ofendeu, cumprimentá-la até, e não sente nenhum ressentimento... O perdão foi autenticado com o selo do amor de Deus.



É preciso que se diga esta verdade: por nós mesmos não temos a capacidade deste perdão. Mas o Espírito Santo nos capacita, derramando em nossos corações a sua misericórdia. É graças a Ele que lembramos do mal; porém, é também graças a Ele  que não nos sentimos mau.



Portanto, não se preocupe com a sua memorização de ofensas. Antes, tome cada uma delas e mergulhe na fenda aberta do Coração de Jesus. É aí que o perdão acontece. Esquecer, você nunca esquece. Somente Deus não tem memória para aqueles que perdoam. 



Vida e Alegria
Antonio Luiz Macêdo



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quarta-feira, 17 de abril de 2019

“Se eu me cansar...”


Às vezes, falando para o Senhor, eu coloco assim: ‘Jesus, se eu cansar...’. E sinto que Ele faz questão que nominalize os meus possíveis cansaços. Então faço a sua vontade.



SENHOR...
Se eu me cansar das provações, do sofrimento, da caminhada; se o peso do dia a dia envergar minha alma; se as preocupações me agrilhoarem; se o medo me acorrentar e me tornar seu escravo; se a vida perder o sentido, por constatar a ausência de tua presença nos corações dos homens; se a amargura, a mágoa e o ressentimento, petrificarem o meu coração; se o desânimo me envolver em sua armadilha atroz; se o futuro se desenhar para mim como uma barreira intransponível, e as sombras do passado alimentarem com o joio o meu presente estático... E aí Senhor?



‘Vinde a mim! Eu sou o descanso para todos os teus cansaços. As provações, o  sofrimento e as tuas dores; teus medos e inseguranças; o desânimo, a amargura e o ressentimento, eu os assumi na Cruz. O teu passado está no meu coração; o teu futuro encontra-se em minhas mãos. Por que dizes ‘se eu me cansar’? Eu sou o teu refúgio, a tua força, o teu alento. Mas se tu te cansares... Vem descansar em Mim.



Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo



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domingo, 14 de abril de 2019

Acolher sem escolher


Conheço uma pessoa que encarnou desde o ventre materno o Ministério do Acolhimento. A sua atenção para com o próximo me deixa lisonjeado e reflexivo. Abraço, sorriso, palavras amáveis, são os seus ingredientes mais utilizados. Alegre, delicada, sempre atenta às necessidades dos outros, se esquece de si mesma, para se derramar em misericórdia nos corações aflitos e angustiados.



Estou em sua escola há quarenta e cinco anos, e ainda não aprendi o seu ensinamento vivencial. Corações de pedra são incapazes de absorver tais ensinamentos. Mas eu persisto em contemplá-la, porque esse mesmo coração ainda nutre a esperança de que ‘água mole em pedra dura, tanto bate até que fura’.



E o mais bonito é que ela não espera que a procurem, mas se disponibiliza e vai ao encontro de quem está necessitado. A acepção de pessoas nunca teve guarida em seu coração. É a pequena grande.



Um dia – quem sabe? – eu chego lá. Que o Espírito Santo me ajude a ser o aluno que Deus quer, e ela sonha. E também eu acolha sem escolher.



Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo



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quarta-feira, 10 de abril de 2019

O jumentinho que levou Jesus


Passa pela minha imaginação agora esta cena: Jesus entrando em Jerusalém montado num jumentinho. Ruas atapetadas; roupas espalhadas pelo chão; gritos; alegria; exultação, e um coro de vozes de todos os timbres cantando: “Bendito o que vem em nome do Senhor, hosana nas alturas”. E o jumentinho seguia o seu caminho em meio a aplausos e vivas.



E eu aqui fico pensando: “Se um de nós fosse aquele jumentinho, estariamos babando com tantas palmas, elogios, ramos agitados, pulos, danças…” E a nossa alma regozijaria.
O jumentinho – tenho certeza – não desejaria ser nenhum de nós para não sofrer a tentação do orgulho e da vaidade.



Aprendamos com ele a HUMILDADE de nos reconhecermos apenas como quem leva Jesus; porém, toda a honra e toda a glória é Dele e para Ele.



Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo



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domingo, 7 de abril de 2019

As mentirinhas de todo dia


É só uma mentirinha de nada!” – disse-me um amigo. Então eu frisei: “Se você somá-las o dia todo...”



Temos uma tendência muito grande a dizer inverdades. Parece-me que essa tendência está arraigada dentro de nós. Constitui uma tática utilizada para nos livrar das pessoas.



“Ele não pode atender agora. Passe depois” (estava vendo televisão). “Se você tivesse chegado um minuto antes...” (não ia nem sair). “Aguarde um pouco enquanto eu vou olhar se ela está” (na cozinha ele tomava um suco). “Desculpe! Mas eu peguei um engarrafamento...”
(chegou atrasado porque já saiu de casa atrasado). E assim vai.



No dia em que acontecer o que nós presenciamos... Aí a coisa pega. Fazíamos uma visita a um casal amigo quando o telefone toca, e o garotinho de quatro anos atende e diz: “Peraí”. Aproximou-se do pai e falou: “Pai, é pra você”. “Psiu! Diz que o papai não está’. De volta, tomando o telefone, o garotinho obedeceu: “O papai tá dizendo que não está”.



As mentirinhas, por menores e inocentes que sejam, são perniciosas e maléficas. Pra que mentir? Jesus é a Verdade.



Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo



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quarta-feira, 3 de abril de 2019

A síndrome do “mas...”


Quando Jesus nos diz em sua Palavra que seremos medidos com a mesma medida que nós medimos os outros, parece que essa promessa do Senhor não tem grande repercussão no nosso dia-a-dia. Continuamos julgadores implacáveis.



É só prestarmos um pouco mais de atenção às nossas conversas e papos. Até os nossos elogios são permeados de julgamento. Vejamos:
‘Sim, eu conheço Lea. É uma pessoa maravilhosa. Mas...’


‘André? Aquele cara que se for preciso dá a própria roupa do corpo? Ele é o cara. Mas...’
‘Eu conversei com ele ontem. Pense num homem educado! Dá gosto conversar com ele. Delicado, fino, cavalheiro... Mas...’



Já aconteceu isso com você? É uma síndrome terrível! É a síndrome que o “Intruso” gosta.



Precisamos assimilar em nossos corações as palavras iniciais desse ‘conta-gotas’. De tanto emitirmos julgamentos, a nossa consciência embotou-se, anestesiou-se, e nos trouxe o hábito da insensibilidade. É hora de revermos nossas atitudes e nossas palavras. A língua destrói e mata. Qual o remédio? Tiago 3, irmãos e irmãs.



Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo



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domingo, 31 de março de 2019

O olhar de garimpeiro


Se cada um de nós fosse possuidor deste tipo de olhar, como tudo seria diferente!



Infelizmente, na maioria das vezes, olhamos os nossos irmãos com o olhar de urubu. Um olhar que vê apenas a aparência, o que está destruído, o que é podre. Vê a superficialidade, não se aprofunda, não se detém. É olhar de morte.



O garimpeiro, no entanto, tem um olhar diferenciado. É um tipo de olhar que burla toda e qualquer aparência, e mergulha profundamente na alma do outro. Afasta todo o cascalho e a sujeira, para ver o que está alem. E assim, descobre o diamante mais belo, e a pepita mais valiosa. É um olhar de misericórdia, olhar que restaura e dá vida. Olhar de Jesus.



Conheço pessoas que são possuidoras desse tipo de olhar. Elas refletem somente a sua vida em Deus.



Que o Senhor nos dê a graça do olhar de garimpeiro! E tudo será claridade.



Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo



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E você tem toda a razão. Não é pra esquecer   mesmo. Você tem uma memória que registra tudo de bom, e tudo de ruim também. Por que esq...